Mais de 55% dos brasileiros se identificam como pretos ou pardos. Segundo o Instituto Locomotiva, essa maioria movimenta mais de R$ 1,7 trilhão por ano. É um potencial econômico significativo, que se conecta cada vez mais a marcas com propósito, mas que ainda enfrenta desafios no setor da beleza.
Nesse cenário, o afroempreendedorismo tem ganhado força, promovendo negócios que valorizam a diversidade de tons de pele, texturas de cabelo e vivências da população negra. Marcas lideradas por empreendedores negros que não atendem só necessidades reais, mas reposicionam a estética como ferramenta de transformação — promovendo inclusão, autoestima, geração de renda e impacto social nas comunidades.
A beleza também é uma forma de resistência, capaz de desafiar padrões e abrir caminhos para um mercado mais justo e representativo, transformando vivências em potências econômicas e culturais.
Projeto Beleza Negra: ações afirmativas no setor
Um dos principais exemplos dessa transformação é o Projeto Beleza Negra, coordenado pelo Instituto ABIHPEC. Com foco em ações afirmativas, a iniciativa atua em diversas frentes:
- capacitação de empreendedores negros na área da beleza;
- apoio técnico e formação profissional em Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos;
- promoção da diversidade em cargos de liderança dentro das empresas do setor.
Uma das principais iniciativas do projeto é o Seminário Beleza Negra, realizado anualmente em São Paulo. Em 2025, a segunda parte da 7ª edição acontece no dias 28 de abril e 5 de maio, reunindo profissionais, especialistas e representantes da indústria em uma discussão fundamental sobre inclusão e representatividade no mercado de beleza.