Pedofilia em evidência com estreia de reality show na TV brasileira

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Pedofilia em evidência com estreia de reality show na TV brasileira

primeiroassedio

“Sobre essa Valentina: se tiver consenso, é pedofilia?”.

A pergunta, na verdade, é um dos diversos tuítes que invadiram a rede social na estreia do MasterChef Junior, na Band, em outubro.

Valentina, uma das participantes do reality show, tem apenas 12 anos e foi tema de comentários de cunho sexual – repudiados por milhares de pessoas.

Rapidamente, uma campanha invadiu as redes sociais com usuários revelando espontaneamente experiências pessoais de #PrimeiroAssédio.

De acordo com matéria publicada pelo site da BBC, em aproximadamente uma semana, levantamento do Think Olga apontava que a hashtag da campanha foi usada mais de 82 mil vezes. “Desses, foram identificados 3.111 tuítes em que as mulheres mencionaram a idade que tinham quando sofreram o assédio. A média de idade foi de 9,7 anos”.

Tagcloud da hashtag #primeiroassedio
Tagcloud da hashtag #primeiroassédio

 

Na reportagem, Juliana de Faria, fundadora do coletivo feminista Think Olga, criadora da campanha Chega de Fiu Fiu e responsável pelo lançamento da #PrimeiroAssédio, a campanha impulsionada pelo caso da participante do MasterChef Junior Brasil “veio consolidar (a percepção de) que existe uma sexualização da menina e que isso é absolutamente normalizado na sociedade. (…) A gente acha que pedofilia é muito distante, mas não é.

Pela hashtag, vemos que é muito mais próxima do que a gente imagina e que talvez seja até endêmica, um traço muito forte do que acontece na sociedade”.

Agradecemos por sua coragem de nos contar um caso tão delicado.

O reconhecimento de situações de violência é muito importante para que se possa dar encaminhamento adequado, tanto para quem sofreu à violência como para quem a praticou. Esse acompanhamento também deverá ser extensivo à família visando o enfrentamento da situação e amenização do trauma e das demais consequências sociais, psicológicas e físicas decorrentes desta violação de direitos humanos.

O Instituto ABIHPEC não fornece atendimento direto à população ou acompanhamento dos casos, nem atua na responsabilização de agressores. Desde 1999, lutamos por uma infância e juventude livres de exploração e abuso sexual desenvolvendo programas regionais e nacionais junto a empresas, conscientizando a população sobre o tema e influenciando políticas públicas.

Recomendamos que procure o Ministério Público da Infância e Juventude do seu estado, a Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente de sua cidade ou o Conselho Tutelar do seu município para solicitar auxílio.

Outras informações podem ser encontradas na seção “Informe-se e saiba como Agir” do nosso site.

Seguem contatos que achamos que podem ajudar neste processo:

PAVAS – Programa de Atenção à Violência Sexual
Dados para contato:
Endereço: Faculdade de Saúde Pública USP
Endereço: 03178-200, Av. Dr. Arnaldo, 925 – Sumaré, São Paulo – SP
Telefone: (11) 3061-7721

CEARAS – Centro de Estudos e Atendimento Relativos ao Abuso Sexual / Instituto Oscar Freire/ FMUSP
Endereço: Rua Teodoro Sampaio, 115, Faculdade de Medicina da USP – Instituto Oscar Freire, Cerqueira Cesar
CEP: 05405-000 São Paulo – SP
Telefone: (11) 3061 84 29
E-mail: cearas@iof.fm.usp.br
Site CEARAS

Centro de Referência às Vítimas de Violência do Instituto Sedes Sapientiae
Endereço: Rua Ministro Godoy, 1484, Perdizes
CEP: 05015-900 São Paulo – SP
Telefone: (11) 3866 27 56 e (11) 3866 27 57
Email: cnrvv@sedes.org.br
Site Sedes