Especialistas descrevem o perfil e o comportamento dos pedófilos

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Especialistas descrevem o perfil e o comportamento dos pedófilos

De acordo com Andrea Freitas e Silvana Meneses, da Alesco – Gestão de Riscos e Prevenção a Perdas, “os pedófilos são conhecidos como predadores em função da forma como escolhem suas vítimas: observando e selecionando as menos integradas em um grupo ou as que aparentam ser as mais frágeis e carentes”. Em palestras como “Perfil do pedófilo, modus operandi, casos e prevenção – parte II”, as especialistas apresentam um mapeamento sobre pedófilos, destacam cases detalhando o perfil destes criminosos e apontam alguns sinais que podem servir de alertas para monitoramento e ações preventivas. Acompanhamos uma apresentação de Andrea e Silvana e, aqui, compartilhamos com você pontos e esclarecimentos importantes.

post-andrea“O abuso sexual de menores pode ocorrer de forma discreta pelos pedófilos abusadores; de forma impulsiva, invasiva e violenta no caso dos pedófilos molestadores situacionais, mas é extremamente cuidadosa e premeditada no caso dos pedófilos molestadores preferenciais, que usam a manipulação como arma para ganhar a confiança de suas vitimas e são extremamente eficazes em conquistar o controle sobre elas”, revelam as especialistas, já indicando os diferentes perfis de criminosos.

Em sua apresentação, elas lembram que existem casos de pedófilos do sexo masculino e também do feminino. Porém, pesquisas apontam que o índice de ocorrência entre as mulheres é muito inferior aos dos homens. Traçando um perfil baseado na maioria dos casos envolvendo mulheres pedófilas, geralmente, elas abusam de crianças com menos de seis anos, muitas vezes os próprios filhos ou parentes, apresentando características de sadismo. Em determinadas situações, as mulheres podem ser coadjuvantes, participando da prática criminosa junto com seus companheiros.

Os homens, que dominam os casos identificados de pedofilia, podem ser divididos em abusadores e molestadores. Abusadores tendem a ser superficiais, sem praticar o crime de forma evasiva, sem contato com as vítimas. É aquele que se contenta com fotos e vídeos. Já os molestadores podem ser divididos em Situacional, que não procura pela criança, e o Preferencial – esse sim vai atrás de suas pequenas vítimas. Confira mais alguns detalhes sobre os dois tipos de molestadores, esclarecidos por Andrea e Silvana:

Situacional

Preferencial

QI abaixo da média QI acima da média
Classe social mais baixa Classe social mais alta
Às vezes, comete outros tipos de crime Não comete outros tipos de crime
Impulsivo. Compulsivo.

Além disso, as especialistas alertam que o molestador Preferencial é orientado pela fantasia. Ele adota rituais e scripts. Se a vítima se recusar a “entrar no jogo”, seguir o roteiro, o criminoso pode reagir com violência. Como medidas preventivas e protetoras, Andrea e Silvana lembram sobre a importância de buscar conhecer quem se aproxima das nossas crianças; manter-se presente no dia a dia dos pequenos, comparecendo constantemente nas atividades extracurriculares, deixando a garotada menos vulnerável; atentar-se para as probabilidades e sinais, e evitar situações de alto risco.

E lembre-se sempre: pedofilia é crime. Disque 100 para denúncias! #pedofilianãofecheosolhosparaisso

Agradecemos por sua coragem de nos contar um caso tão delicado.

O reconhecimento de situações de violência é muito importante para que se possa dar encaminhamento adequado, tanto para quem sofreu à violência como para quem a praticou. Esse acompanhamento também deverá ser extensivo à família visando o enfrentamento da situação e amenização do trauma e das demais consequências sociais, psicológicas e físicas decorrentes desta violação de direitos humanos.

O Instituto ABIHPEC não fornece atendimento direto à população ou acompanhamento dos casos, nem atua na responsabilização de agressores. Desde 1999, lutamos por uma infância e juventude livres de exploração e abuso sexual desenvolvendo programas regionais e nacionais junto a empresas, conscientizando a população sobre o tema e influenciando políticas públicas.

Recomendamos que procure o Ministério Público da Infância e Juventude do seu estado, a Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente de sua cidade ou o Conselho Tutelar do seu município para solicitar auxílio.

Outras informações podem ser encontradas na seção “Informe-se e saiba como Agir” do nosso site.

Seguem contatos que achamos que podem ajudar neste processo:

PAVAS – Programa de Atenção à Violência Sexual
Dados para contato:
Endereço: Faculdade de Saúde Pública USP
Endereço: 03178-200, Av. Dr. Arnaldo, 925 – Sumaré, São Paulo – SP
Telefone: (11) 3061-7721

CEARAS – Centro de Estudos e Atendimento Relativos ao Abuso Sexual / Instituto Oscar Freire/ FMUSP
Endereço: Rua Teodoro Sampaio, 115, Faculdade de Medicina da USP – Instituto Oscar Freire, Cerqueira Cesar
CEP: 05405-000 São Paulo – SP
Telefone: (11) 3061 84 29
E-mail: cearas@iof.fm.usp.br
Site CEARAS

Centro de Referência às Vítimas de Violência do Instituto Sedes Sapientiae
Endereço: Rua Ministro Godoy, 1484, Perdizes
CEP: 05015-900 São Paulo – SP
Telefone: (11) 3866 27 56 e (11) 3866 27 57
Email: cnrvv@sedes.org.br
Site Sedes