Diante de eventuais dúvidas de usuários sobre a relação da pedofilia com a exploração infantil, pedimos a ajuda de Andrea Freitas e Silvana Menezes, consultoras da Alesco e especialistas em Gestão de Riscos e Prevenção à Perdas, para aprofundarem um pouco mais essa questão e, assim, possibilitar o compartilhamento de informações importantes para o processo de conscientização social. As especialistas explicam que “a pedofilia é um transtorno do comportamento sexual e caracteriza-se pela ‘preferência em realizar, ativamente ou na fantasia, práticas sexuais com crianças’. Ocorre quando um adulto ou adolescente sente satisfação e gratificação sexual tendo como objeto de desejo a criança. A principal diferença entre a exploração e o abuso infantil é o interesse financeiro que está por trás da exploração. A pedofilia pode estar inserida tanto na exploração como no abuso infantil – quando houver o componente sexual”. Andrea e Silvana ressaltam ainda que “a exploração infantil só estará desatrelada da exploração sexual infantil e da pedofilia quando não houver o componente sexual, ou seja, nos casos de trabalho escravo, forçado, utilização de crianças e adolescentes para outras atividades ilícitas (como tráfico de drogas, assaltos etc.) e até recrutamento para participação em conflitos armados e guerras”.
Agradecemos por sua coragem de nos contar um caso tão delicado.
O reconhecimento de situações de violência é muito importante para que se possa dar encaminhamento adequado, tanto para quem sofreu à violência como para quem a praticou. Esse acompanhamento também deverá ser extensivo à família visando o enfrentamento da situação e amenização do trauma e das demais consequências sociais, psicológicas e físicas decorrentes desta violação de direitos humanos.
O Instituto ABIHPEC não fornece atendimento direto à população ou acompanhamento dos casos, nem atua na responsabilização de agressores. Desde 1999, lutamos por uma infância e juventude livres de exploração e abuso sexual desenvolvendo programas regionais e nacionais junto a empresas, conscientizando a população sobre o tema e influenciando políticas públicas.
Recomendamos que procure o Ministério Público da Infância e Juventude do seu estado, a Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente de sua cidade ou o Conselho Tutelar do seu município para solicitar auxílio.
Outras informações podem ser encontradas na seção “Informe-se e saiba como Agir” do nosso site.
Seguem contatos que achamos que podem ajudar neste processo:
PAVAS – Programa de Atenção à Violência Sexual
Dados para contato:
Endereço: Faculdade de Saúde Pública USP
Endereço: 03178-200, Av. Dr. Arnaldo, 925 – Sumaré, São Paulo – SP
Telefone: (11) 3061-7721
CEARAS – Centro de Estudos e Atendimento Relativos ao Abuso Sexual / Instituto Oscar Freire/ FMUSP
Endereço: Rua Teodoro Sampaio, 115, Faculdade de Medicina da USP – Instituto Oscar Freire, Cerqueira Cesar
CEP: 05405-000 São Paulo – SP
Telefone: (11) 3061 84 29
E-mail: cearas@iof.fm.usp.br
Site CEARAS
Centro de Referência às Vítimas de Violência do Instituto Sedes Sapientiae
Endereço: Rua Ministro Godoy, 1484, Perdizes
CEP: 05015-900 São Paulo – SP
Telefone: (11) 3866 27 56 e (11) 3866 27 57
Email: cnrvv@sedes.org.br
Site Sedes