Robô de plástico entra na luta contra o câncer

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O robô, batizado de Stormram, foi criado por médicos e engenheiros da Universidade de Twente (Holanda) usando plástico e uma impressora 3D. Para dispensar qualquer parte metálica, ele é movimentado por ar comprimido.

Esse pequeno robô pode não parecer a ferramenta mais simpática e tranquilizadora – a agulha certamente o torna até um tanto ameaçador -, mas ele promete reduzir ao menos os riscos do procedimento em si.

O robô, batizado de Stormram, foi criado por médicos e engenheiros da Universidade de Twente (Holanda) usando plástico e uma impressora 3D. Para dispensar qualquer parte metálica, ele é movimentado por ar comprimido.

A vantagem do plástico é que o robô pode ser usado no interior de um aparelho de ressonância magnética. Realizar uma biópsia (remover um pedaço de tecido) durante uma varredura de câncer de mama com o uso da ressonância magnética aumenta significativamente a precisão da coleta e do exame.

O robô é controlado de fora do aparelho de ressonância magnética por meio de tubos de ar finos o suficiente para se encaixarem no túnel estreito do escâner.

Navegação robótica

Ao inserir uma agulha na mama da paciente e “navegar” até o tecido suspeito é possível retirar uma amostra de tecido, gerando um diagnóstico mais seguro através de uma análise clínica subsequente.

Essa “navegação” precisa da agulha é de importância crucial para o sucesso da biópsia não apenas no caso do câncer de mama, mas de várias outras formas da doença. Usando agulhas especiais, cuja ponta pode ser muito quente (ablação térmica) ou muito fria (crioablação), é possível até mesmo destruir células tumorais próximas à ponta da agulha. Isso permite transformar a técnica de exame em uma técnica de tratamento do câncer, mais simples do que as cirurgias tradicionais.

É por isso que os médicos e engenheiros vêm apostando nos robôs, que permitem atingir uma precisão no direcionamento da agulha inalcançável mesmo pelo mais perito dos cirurgiões.

Mas nem todos os robôs podem ser usados em combinação com escâneres de ressonância magnética porque eles são normalmente feitos de metal. Daí o sucesso que está alcançando este projeto holandês, com um robô totalmente feito de plástico, um material que não é afetado pelos fortes campos magnéticos dos escâneres.

Via Diário da Saúde