Condenado por pedofilia é acusado de ameaçar testemunhas

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Condenado por pedofilia é acusado de ameaçar testemunhas

No final do mês de março, ex-prefeito da cidade amazonense de Coari, preso desde fevereiro de 2014 e condenado por pedofilia, foi acusado pelo Ministério Público por coagir as vítimas, de dentro da cadeia, a mudarem as acusações de estupro contra ele. De acordo com reportagem do Fantástico, da Rede Globo, e publicada na Veja.com, Adail Pinheiro, pelo menos duas mulheres de uma mesma família, que sofreram abusos quando crianças, foram coagidas a mudar seus depoimentos. “Seria um valor de 100.000 reais para cada. Ou a gente aceitava o dinheiro ou ia começar a morrer alguém da nossa família”, contou ao Fantástico uma das vítimas. O plano inicial de Adail Pinheiro e de seu filho, conhecido como Adailzinho, era esconder as vítimas até o dia do julgamento. Pinheiro foi condenado a onze anos e dez meses de prisão por chefiar uma rede de exploração sexual de crianças e adolescentes. O ex-prefeito cumpre pena em um batalhão da Polícia Militar em Manaus, capital do Estado.

 

A cidade de Coari reagiu e, depois de denúncias da existência de uma rede de prostituição infantil chefiada pelo ex-prefeito da cidade, o município passará a contar com ações voltadas para a prevenção e o enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes. O município foi incluído no Programa de Ações Integradas e Referenciais de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes (Pair), do governo federal, de acordo com a Agência Brasil. O convênio, firmado no ano passado, vai começar a ser executado este ano. Matéria publicada na Veja.com.

Agradecemos por sua coragem de nos contar um caso tão delicado.

O reconhecimento de situações de violência é muito importante para que se possa dar encaminhamento adequado, tanto para quem sofreu à violência como para quem a praticou. Esse acompanhamento também deverá ser extensivo à família visando o enfrentamento da situação e amenização do trauma e das demais consequências sociais, psicológicas e físicas decorrentes desta violação de direitos humanos.

O Instituto ABIHPEC não fornece atendimento direto à população ou acompanhamento dos casos, nem atua na responsabilização de agressores. Desde 1999, lutamos por uma infância e juventude livres de exploração e abuso sexual desenvolvendo programas regionais e nacionais junto a empresas, conscientizando a população sobre o tema e influenciando políticas públicas.

Recomendamos que procure o Ministério Público da Infância e Juventude do seu estado, a Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente de sua cidade ou o Conselho Tutelar do seu município para solicitar auxílio.

Outras informações podem ser encontradas na seção “Informe-se e saiba como Agir” do nosso site.

Seguem contatos que achamos que podem ajudar neste processo:

PAVAS – Programa de Atenção à Violência Sexual
Dados para contato:
Endereço: Faculdade de Saúde Pública USP
Endereço: 03178-200, Av. Dr. Arnaldo, 925 – Sumaré, São Paulo – SP
Telefone: (11) 3061-7721

CEARAS – Centro de Estudos e Atendimento Relativos ao Abuso Sexual / Instituto Oscar Freire/ FMUSP
Endereço: Rua Teodoro Sampaio, 115, Faculdade de Medicina da USP – Instituto Oscar Freire, Cerqueira Cesar
CEP: 05405-000 São Paulo – SP
Telefone: (11) 3061 84 29
E-mail: cearas@iof.fm.usp.br
Site CEARAS

Centro de Referência às Vítimas de Violência do Instituto Sedes Sapientiae
Endereço: Rua Ministro Godoy, 1484, Perdizes
CEP: 05015-900 São Paulo – SP
Telefone: (11) 3866 27 56 e (11) 3866 27 57
Email: cnrvv@sedes.org.br
Site Sedes