Operação Darknet: suspeitos presos e crianças resgatadas!

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Operação Darknet: suspeitos presos e crianças resgatadas!

Uma operação exemplar da Polícia Federal prendeu, no dia 15 de outubro, 51 suspeitos de abuso, armazenamento e divulgação de imagens de crianças e adolescentes, entre eles, um seminarista, um agente penitenciário, servidores públicos e militares. Essa importante vitória na guerra contra a pedofilia foi amplamente divulgada pela imprensa brasileira, revelando que, no dia, foram cumpridos 100 mandados de busca, de prisão e de condução coercitiva em 18 Estados (Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul) e no Distrito Federal. Batizada como Operação Darknet, a ação contou com a participação de mais de 500 policiais federais. As investigações duraram mais de um ano e envolveram troca de dados com Portugal, Itália, Colômbia, México e Venezuela.

De acordo com matéria do UOL, “a Operação Darknet rastreou a chamada ‘Deep Web’ (web profunda – espécie de área da internet com acesso restrito, onde é difícil saber quem são os usuários. A arquitetura desse ambiente impossibilita a identificação do ponto de acesso (IP), ocultando o real usuário que usa a rede”. A matéria do portal destaca ainda a seguinte explicação da delegada Diana Calazans Mann, do Serviço de Repressão a Crimes Cibernéticos da PF: “pela primeira vez, conseguimos investigar a internet profunda. Nas operações anteriores, já havíamos enfrentado criminosos que utilizam a internet, mas de outras formas. Evoluímos nas investigações de redes abertas, depois demos mais um passo e fomos investigar as redes criptografadas, técnica inovadora de utilização de redes ocultas, de pessoas que utilizam a internet profunda”.

Ainda de acordo com o UOL, “um dos casos que mais chocou os investigadores foi o de um pai que relatava que iria abusar da filha assim que ela nascesse. ‘Chamou a atenção a crueldade. Um pai com a esposa grávida se preparando e buscando meios para abusar da própria filha que ainda nem havia nascido. Buscando meios de fazer isso sem que ninguém percebesse. Conseguimos provas contundentes de que ele iria abusar da própria filha e, no momento da sua prisão, reconheceu na frente da esposa e de toda equipe. São coisas muito chocantes. Vimos o nível de crueldade de tudo o que aparecia nesses vídeos e fotografias, que chocam os cidadãos comuns e os policiais’, afirmou o superintendente da PF no Rio Grande do Sul Sandro Caron de Moraes”. Além das prisões, durante a Operação Darknet, a Polícia Federal conseguiu impedir que seis crianças fossem abusadas em três estados brasileiros, como destacou as notícias sobre a ação, entre elas, a reportagem veiculada pelo Jornal Nacional.

Agradecemos por sua coragem de nos contar um caso tão delicado.

O reconhecimento de situações de violência é muito importante para que se possa dar encaminhamento adequado, tanto para quem sofreu à violência como para quem a praticou. Esse acompanhamento também deverá ser extensivo à família visando o enfrentamento da situação e amenização do trauma e das demais consequências sociais, psicológicas e físicas decorrentes desta violação de direitos humanos.

O Instituto ABIHPEC não fornece atendimento direto à população ou acompanhamento dos casos, nem atua na responsabilização de agressores. Desde 1999, lutamos por uma infância e juventude livres de exploração e abuso sexual desenvolvendo programas regionais e nacionais junto a empresas, conscientizando a população sobre o tema e influenciando políticas públicas.

Recomendamos que procure o Ministério Público da Infância e Juventude do seu estado, a Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente de sua cidade ou o Conselho Tutelar do seu município para solicitar auxílio.

Outras informações podem ser encontradas na seção “Informe-se e saiba como Agir” do nosso site.

Seguem contatos que achamos que podem ajudar neste processo:

PAVAS – Programa de Atenção à Violência Sexual
Dados para contato:
Endereço: Faculdade de Saúde Pública USP
Endereço: 03178-200, Av. Dr. Arnaldo, 925 – Sumaré, São Paulo – SP
Telefone: (11) 3061-7721

CEARAS – Centro de Estudos e Atendimento Relativos ao Abuso Sexual / Instituto Oscar Freire/ FMUSP
Endereço: Rua Teodoro Sampaio, 115, Faculdade de Medicina da USP – Instituto Oscar Freire, Cerqueira Cesar
CEP: 05405-000 São Paulo – SP
Telefone: (11) 3061 84 29
E-mail: cearas@iof.fm.usp.br
Site CEARAS

Centro de Referência às Vítimas de Violência do Instituto Sedes Sapientiae
Endereço: Rua Ministro Godoy, 1484, Perdizes
CEP: 05015-900 São Paulo – SP
Telefone: (11) 3866 27 56 e (11) 3866 27 57
Email: cnrvv@sedes.org.br
Site Sedes