Pedofilia na Web Invisível

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Pedofilia na Web Invisível

Estudo sobre a rede Tor feito pela Universidade de Portsmouth, na Inglaterra, revela que mais de 80% do tráfego da deep web – também conhecida como Web Invisível ou Web Oculta – é gerado por visitas em sites de pedofilia. Vale lembrar que, de acordo com explicação publicada no Wikipédia, Tor é um software livre e de código aberto que protege o anonimato pessoal durante as atividades online, ao navegar pela internet, assegurando a privacidade do usuário.

Segundo notícia publicada no site INFO, “o pesquisador Gareth Owen analisou durante seis meses o tráfego de sites que utilizavam a tecnologia da rede Tor para esconderem seus endereços de IP. O objetivo era descobrir quais eram as páginas que geravam mais tráfego na deep web”. Resultado: “apesar dos sites com material de pedofilia representarem apenas 2% das quase 45 mil páginas que usam a tecnologia da rede para se esconder, elas respondem por 83% do tráfego da rede Tor”.

A notícia apresenta ainda a resposta da rede Tor que, em comunicado, “questionou a validade da pesquisa, afirmando que os números podem incluir visitas feitas por polícias e grupos anti-abuso, além ataques de hackers que tentam derrubar essas páginas, por meio de ataques de negação de serviço”. E mais: “o próprio pesquisador chefe do estudo também afirmou que os resultados de sua pesquisa devem ser abordados com cautela”, publicou INFO.

Feitas as devidas ponderações, vale lembrar que, infelizmente, os meios digitais também são utilizados indevidamente por criminosos que buscam se aproximar de suas potenciais vítimas. Mas, por outro lado, servem ainda como canais relevantes de informação, esclarecimento e mobilização social. Defendendo as boas práticas digitais e apostando nas redes sociais como ferramentas de combate ao abuso a menores: #pedofilianãofecheosolhosparaisso.

Agradecemos por sua coragem de nos contar um caso tão delicado.

O reconhecimento de situações de violência é muito importante para que se possa dar encaminhamento adequado, tanto para quem sofreu à violência como para quem a praticou. Esse acompanhamento também deverá ser extensivo à família visando o enfrentamento da situação e amenização do trauma e das demais consequências sociais, psicológicas e físicas decorrentes desta violação de direitos humanos.

O Instituto ABIHPEC não fornece atendimento direto à população ou acompanhamento dos casos, nem atua na responsabilização de agressores. Desde 1999, lutamos por uma infância e juventude livres de exploração e abuso sexual desenvolvendo programas regionais e nacionais junto a empresas, conscientizando a população sobre o tema e influenciando políticas públicas.

Recomendamos que procure o Ministério Público da Infância e Juventude do seu estado, a Delegacia de Polícia da Criança e do Adolescente de sua cidade ou o Conselho Tutelar do seu município para solicitar auxílio.

Outras informações podem ser encontradas na seção “Informe-se e saiba como Agir” do nosso site.

Seguem contatos que achamos que podem ajudar neste processo:

PAVAS – Programa de Atenção à Violência Sexual
Dados para contato:
Endereço: Faculdade de Saúde Pública USP
Endereço: 03178-200, Av. Dr. Arnaldo, 925 – Sumaré, São Paulo – SP
Telefone: (11) 3061-7721

CEARAS – Centro de Estudos e Atendimento Relativos ao Abuso Sexual / Instituto Oscar Freire/ FMUSP
Endereço: Rua Teodoro Sampaio, 115, Faculdade de Medicina da USP – Instituto Oscar Freire, Cerqueira Cesar
CEP: 05405-000 São Paulo – SP
Telefone: (11) 3061 84 29
E-mail: cearas@iof.fm.usp.br
Site CEARAS

Centro de Referência às Vítimas de Violência do Instituto Sedes Sapientiae
Endereço: Rua Ministro Godoy, 1484, Perdizes
CEP: 05015-900 São Paulo – SP
Telefone: (11) 3866 27 56 e (11) 3866 27 57
Email: cnrvv@sedes.org.br
Site Sedes